A GOTA…(4)

CONGREGAÇÃO
SÉTIMO MILÊNIO

A GOTA QUE FAZ TRANSBORDAR (quarta parte)

Apesar de haverem-se tão insanos, parecendo até que não tinham perfeito juízo em suas mentes, a longanimidade de Deus lhes foi dando oportunidades inúmeras, umas após outras, para que pudessem arrepender-se, voltarem atrás, deixarem de praticar tais coisas detestáveis aos Seus santos olhos, e assim ia-se enchendo a medida que nunca deveriam desafiar, e muito menos transpor – até que uma gota a mais já seria o suficiente para que tudo transbordasse.

Esta gota final aconteceu durante o reinado de Oseias, em Israel Norte, que durou entre os anos 732 a 722 A.C. – e então acabou-se a hegemonia e os reinados deste reino. Ele foi o último rei israelita.

Diz a Bíblia que nem tão mau assim foi ele, como o foram os seus antecessores, mas deixou sua participação no enchimento da medida da ira de Deus, e de qualquer modo ficou marcado com o estigma de um mau rei.

Quando uma corda é esticada, excedendo ao máximo da sua capacidade de ser tensionada, as suas fibras começam a romper-se. Esta corda continua ainda firme por algum tempo, mas conforme vão-se quebrando fibra após fibra, por fim chega ao ponto em que apenas uns poucos fios a mantêm segura. Então podem até afrouxá-la tanto quanto antes, mas quando se chega a este estado, basta um pequeno puxãozinho, e … pronto! Ela se rompe totalmente.

Foi o que aconteceu com o rei Oseias, de Israel Norte.

Em II Reis, capítulo 17 o seu caso é bem exposto.

Começou o seu reinado, assassinando o seu antecessor, Peca, e substituindo-o no trono.

Ele inicialmente fez uma aliança com o rei Tiglate Pileser III, um déspota conquistador que estava invadindo a Galileia e a Transjordânia, deixando Oseias dentro de um território reduzido e truncado.

Peca havia anteriormente assumido uma posição totalmente antiassiríaca, e isto foi a causa da conspiração de Oseias. O próprio Tiglate-Pileser afirma em seus escritos que Oseias foi elevado ao poder do reino de Israel por sua decisão e iniciativa. Isto significa que o rei de Israel então era apenas uma figura manipulada pelo rei assírio, desde o início de sua gestão, o que não era nada honroso.

Possivelmente cansado de ser um simples vassalo da Assíria, Oseias, depois de sete anos nesta situação, estabeleceu contatos com o rei do Egito, de quem esperava receber suporte necessário para romper com os laços de submissão que o obrigava a pagar altos tributos, ano após ano, até se enfadar.

Esta revolta de Oseias não deu bom resultado. Salmaneser V, o filho de Tiglate-Pileser III, marchou contra Samaria, e cercou-a durante três anos, e o rei de Israel não teve outra alternativa senão entregar os pontos, e abrir os portões da cidade, tentando aplacar o seu soberando, reafirmando submissão incondicional. Isto não funcionou. A confiança entre os reinos estava abalada, e não havia jeito de consertar a situação.

Oseias foi preso e acorrentado, e Salmaneser usou de uma estratégia para desfazer o sentimento nacionalista que poderia restar em Israel, deportando o povo de Samaria e outras cidades para várias outras nações, a fim de que este se misturasse com outros povos, e fazendo migrar outras gentes para as cidades de Israel.

Pr. José Francisco BortolatoBrasil

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A GOTA…(3)

CONGREGAÇÃO
SÉTIMO MILÊNIO

A GOTA QUE FAZ TRANSBORDAR (Terceira Parte)

Como este processo foi demorado! Não fosse a constante aproximação do Senhor e contato com o povo hebreu, animando-o e consolando-o nas dificuldades, eles jamais o conseguiriam. Quase quinhentos anos! Isto não é pouca coisa. Passaram-se gerações, e a promessa ainda não tinha sido cumprida, quando então puderam apossar-se da terra.

Ficamos então a pensar: o que será que os povos cananitas fizeram, que tanto aborreceram a Deus, ao ponto de estes serem varridos da terra, para darem lugar aos filhos de Israel?

Não foi pouca coisa. Muitas práticas vergonhosamente indecentes e injustas. A começar pela idolatria. Este é um ato de alta traição ao Deus que os havia criado, e deles esperado melhores coisas.

Aqueles povos edificaram lugares nos altos dos montes, onde se entregavam a grandes orgias, levantaram estátuas por todos os lados da terra, inclusive dentro de bosques, de modo que o povo podia cultuar seus ídolos por onde quer que passassem. Ali queimaram incensos de alto valor pecuniário em honra aos deuses a quem escolheram no lugar do Senhor Deus único e verdadeiro. Adoraram a deuses dos bosques, das montanhas, dos vales, rios e desertos, a entes cuja aparência se mostrava semelhante a animais, aves, peixes, seres mistos e horríveis. Construíram grandes templos para desenvolverem esses cultos de práticas abomináveis.

Distorceram os direitos civis, concedendo sentenças favoráveis a homens salafrários, violentos e maldosos, vendendo-se em busca de prazeres, dinheiro, fama e poder. Embebedaram-se ao ponto de cometerem muitas loucuras. Oprimiram os pobres. Perverteram o sexo natural, dom que lhes fora dado para poderem reproduzir-se e multiplicar-se, e deram-se a várias práticas como de estupros, bestialidades e outras do tipo que nem é conveniente comentar.

Mataram-se uns aos outros por coisas de somenos. O pior de toda essa decadência moral e espiritual é que chegaram ao ponto de matar seus próprios filhos, pequeninos seres inocentes, entregando-os nos altares dedicados a deuses como Baal, Aserá e outros – as crianças que estes, por dádiva celeste puderam alcançar a bênção de as darem à luz, eles as davam sem misericórdia a quem não reunia uma gota de mérito para reivindicar suas vidas daquele modo. E, não contentes com os sacrifícios de crianças, ainda elegiam jovens, homens e mulheres para serem mortos em seus altares.

Isso tudo não nos aborrece, só em pensar nessas atrocidades? Pois realmente aborreceu a Deus, e ainda O aborrece; deixa-O furioso. Imagine como a face do Senhor se contrariou ao tomar conhecimento de tudo quanto faziam. E a Bíblia diz que horrenda coisa é cair nas mãos do Deus Vivo – e que o nosso Deus é fogo consumidor… (Hebreus 12:29; 10:31)

Pr. José Francisco Bortolato

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A GOTA…(2)

CONGREGAÇÃO
SÉTIMO MILÊNIO

A GOTA QUE FAZ TRANSBORDAR (Segunda parte)

Deus estava esperando algo acontecer, não tão rápido e nem repentinamente: um certo tipo de comportamento que houvera começado há anos, e que aos poucos, gradativamente, estava aborrecendo-O cada vez mais, até que, finalmente, a Terra de Canaã seria entregue nas mãos dos filhos de Jacó para ali habitarem.

Isto também quer dizer que a longa paciência de Deus não se estica infinitamente, ao bel prazer da vontade dos pecadores. Tudo tem limites, e um dia este limite é ultrapassado, quando então tudo vira de pernas para o ar, como se uma grande tsunami invadisse o território e a ordem das coisas fosse completamente mudada.

Apesar dos longos anos de espera, o Senhor, sempre que achava oportuno, voltava a frisar, como que a dizer que a Sua palavra não cai abaixo, mas sempre volta firme como nunca. Assim foi durante todo esse tempo.

Passados muitos anos da promessa feita a Abraão, eis que a mesma foi reafirmada por Deus a Jacó, um dos netos do patriarca (Gênesis 28:13), lá pelos idos anos de 1760 A.C., mas ainda não era a hora de possuir a terra. Jacó então estava sozinho, indo para Padã-Harã, onde viria a constituir a sua família, e depois de vinte anos, ele voltaria para Canaã com a família que formou, e ali, em Siquem e Betel habitou por vários anos, mas ainda não pôde possuir toda aquela terra, nem ele e nem os seu filhos.

Anos se passaram, e um dia Jacó teve que sair da Terra Prometida, para ir morar no Egito. Isto aconteceu pelo ano de 1707 A.C., e lá naquele país se desenvolveu muito rapidamente a descendência dos filhos de Jacó, por c. 430 anos, de modo que eles se tornaram muito numerosos. Já eram em número suficiente para tomarem conta de toda a terra de Canaã, mas estavam debaixo de um jugo de escravidão terrível, nas mãos do Faraó. Foi quando, em c. 1491 A.C., através de Moisés e Aarão, que o mundo pôde saber que o Senhor Deus de Abraão, Isaque e Jacó tem poder para livrar os Seus, usando de mão forte e poderosa que opera maravilhas, e libertou-os daquela escravidão, pela Sua misericórdia e amor. E o povo de Israel pôde sair do Egito, porque então estava chegando a hora de tomarem posse da Terra Prometida – mas eles somente puderam fazê-lo depois de quarenta anos de peregrinação no deserto.

Então aquela era a hora: a medida da iniquidade dos povos cananeus estava preenchida – aliás, já transbordante.

Era a hora de o povo de Deus agir, debaixo de Sua orientação, proteção e inspiração.

Pr. José Francisco Bortolato

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A GOTA…

CONGREGAÇÃO
SÉTIMO MILÊNIO

A GOTA QUE FAZ TRANSBORDAR (Primera Parte)

Este é um velho adágio. Tome-se um copo, e depositando dentro do mesmo algum líquido, enchê-lo até a sua borda, se estiver preenchido na sua capacidade máxima, e continuar-se a pingar gotas, uma após outra, em certo momento uma pequenina gota cairá para fazer com que haja um transbordar.

Assim também acontece com relação à paciência de alguém. A capacidade de suportar-se situações embaraçosas ou difíceis é algo que normalmente não se sabe exatamente quando e nem em que medida tudo irá fazer entornar o caldo, mas que este irá transborda, isto é certo.

Quando Abraão recebeu de Deus a promessa de possuir a terra de Canaã, terra ainda ocupada pelos povos queneus, quenezeus, cadmoeus, heteus, fereseus, refains, amorreus, cananeus, girgaseus, e jebuseus(Gn. 15:28-21), esta palavra lhe veio supostamente a partir do ano 1920 A.C. (Gênesis 12:6,7), o que veio a iniciar a cumprir-se somente pelo ano 1451 A.C.. Passaram-se quase quinhentos anos e aqueles povos todos ali permaneceram até então. A promessa estava em stand by. A terra já havia sido dada por Deus à descendência de Abraão, mas a posse da mesma continuava nas mãos daqueles povos todos. Abraão até chegou a habitar ali por allguns anos, mas ele não pôde reunir condições de possuir aquelas dimensões todas daquela terra que lhe fora prometida. Ainda faltavam alguns requisitos para que a posse fosse dada aos filhos de Abraão. O que de mais importante estaria faltando? Qual seria o motivo da demora?

A razão pela demora dessa conquista foi explicada pelo próprio Deus:

porque a medida da maldade dos amorreus ainda não está preenchida.” (Gên. 15:16)

Isto quer dizer que a promessa dada a Abraão haveria, sim, de cumprir-se, mas somente enquanto houvesse um contínuo pesar na balança, pelo qual os povos cananitas seriam avaliados, e enquanto este processo se desenvolvia, estes gozariam do privilégio de morar na terra dada aos hebreus.

Deus estava esperando algo acontecer, não tão rápido e nem repentinamente: um certo tipo de comportamento que houvera começado há anos, e que aos poucos, gradativamente, estava aborrecendo-O cada vez mais, até que, finalmente, a Terra de Canaã seria entregue nas mãos dos filhos de Jacó para ali habitarem.

Isto também quer dizer que a longa paciência de Deus não se estica infinitamente, ao bel prazer da vontade dos pecadores. Tudo tem limites, e um dia este limite é ultrapassado, quando então tudo vira de pernas para o ar, como se uma grande tsunami invadisse o território e a ordem das coisas fosse completamente mudada.

Pr. José Francisco Bortolato

Brasil

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GIGANTES E LEÕES (4)

CONGREGAÇÃO

SÉTIMO MILÊNIO

B.5 – Como os GADITAS (I Crônicas 12:8) – rostos de leões.

“Dos gaditas, passaram-se para Davi, à fortaleza no deserto, homens de guerra para pelejar, armados de escudo e lança.  Seu rosto era como de LEÕES, e eram eles ligeiros como gazelas sobre os montes.”

Imaginamos que tinham uma abundante cabeleira, e uma barba que se unia à sua juba; se fossem encontrados de repente, no meio da escuridão da noite, seus adversários iriam ficar assustados.

Que sejamos como gaditas, para assustar ao inimigo, e pô-lo para correr!   Como leões eles iam em grupos pelos campos de guerra bravamente, como que a dizer:  – “não me impressiono com gigantes, eles são apenas mais um…”

C – DESFAZENDO DÚVIDAS E DESCULPAS:

C.1 – E V. dirá: “Eu, um leão? Sou de paz, não de guerra, não sou de briga,  sou mais para um “gatinho”…

C.2 – MAS: Olhe para Jesus, o Cordeiro de Deus, além de Cordeiro, é também um Leão, o Leão de Judá (Apoc.. 5:5)  Ninguém foi achado digno de romper os sete selos e de abrir o livro, mas um anjo forte gritava: “Quem é digno de abrir o livro  e desatar os sete selos?”   Não havia um só que se levantasse naquele momento, mas um dos 24 anciãos disse a João:

– “Não chores, eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi venceu para abrir os sete selos (Apoc. 5:5).”

C.3 – V. dirá então:   “Mas ele é Jesus. Somente Ele é o Leão de Judá”… Eu não posse ser um leão!  Porém: NÃO somente Jesus é Leão, veja-se também:

– Os seres celestes de Ezequiel 1:5-10 (Homem,Boi, Águia e Leão) no A..T., os quatro querubins, certa classe de seres celestiais que possuíam seis asas, mãos como de homem, e quatro rostos, ou facetas: uma de homem, outra de boi, outra de águia e outra de Leão.  Por quê?  Porque foram formados assim; e semelhantes em parte com Jesus, a aparência era de humanos, mas também tinham quatro faces, das quais, uma delas era de leão.

  1. dirá outra vez: “ – Mas isso é lá uma revelação do Antigo Testamento. Estamos em outro tempo. Então vamos para Apocalipse, capítulo 4.  Lá onde se descreve a sala do Trono de Deus. O Pai está ali assentado com todo o seu brilho maravilhoso, a mostrar o resplendor de Sua glória.  Relâmpagos, trovões, vozes se ouvem, e sete tochas de fogo são vistas.  Ao Seu redor, há 24 anciãos vestidos de branco, coroados com coroas de ouro em suas cabeças.  Um mar de vidro há no meio da sala, e… ali… que mais?

– Os seres celestes de Apocalipes 4 ( Idem, idem) no N.T.  Quatro seres celestes com rostos de: Leão, de homem, de novilho e de águia.

Pr. José Francisco Bortolato

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GIGANTES E LEÕES (3)

CONGREGACÃO
SÉTIMO MILÊNIO

B – FORMANDO LEÕES DE DAVI:

B.1 – Este é uma outra maneira de Deus operar, sem fenômenos sobrenaturais sobre a natureza. Nos dias de Davi, não se sabe de registros de que o Senhor fez tremer a terra, ou enviou trovões e raios terríveis, o sol não parou, e nem muralhas foram destruídas milagrosamente. Como foi, então, que ele venceu  a essa raça de gigantes?  Deus fazia então outro tipo de milagres. A Bíblia narra-os em II Samuel capítulo 21 e 23.

B.2 – Levantando destemidos homens de guerra para aderir á causa de Davi: Joabe, Abisai, Sibecai, Josebe Bassebete (que matou a 800), Eleazar, o filho de Dodô, c/espada que se lhe apegou à mão; Sama, o filho de Age (em um campo de lentilhas, sozinho).

B.3 – COMO? Enquanto Davi salmodiava a Deus, eles se lhe juntavam e o Senhor ia formando aquele exército de valentes que desbaratavam ao inimigo aos mostrarem a sua bravura. Davi era um guerreiro, e Deus foi-lhe adicionando pessoas destemidas para o rodearem e serem treinadas pelo ditoso salmista, o homem que produzia Salmos nos momentos de suas dificuldades. E o Espírito de Deus ia formando naquelas pessoas que o rodeavam e o ouviam, uma fé e um caráter firme e forte, de verdadeiros vencedores.

B.4 – Mas: Não guerreavam contra Saul – Não devemos fazer guerra contra irmãos. Enquanto Saul os perseguia dia após dia, aqueles guerreiros iam treinando suas capacidades  para enfrentarem muitas situações adversas, e fortalecendo-se cada vez mais. Foi aí que seus homens receberam uma lição que deveria perdurar para sempre: nunca guerrear contra o ungido do Senhor.

Mas contra Amaleque, Davi um dia se refugiou em Gate, cidade filisteia, no meio dos inimigos do povo de Deus. Davi ia para o sul de Judá, e lá ele dava contra os amalequitas, aquele povo que, usado por Satanás, tentou impedir que Israel entrasse na Terra Prometida, desafiando ao próprio Senhor Yaweh, que os tirara do Egito com mão forte de poder.

Como fazem as formigas: elas têm um enorme ferrão, mas não ferroam aos seus irmãos. São unidas, e não atacam ao seu próprio povo, do seu formigueiro, mas antes trabalham incansáveis par os alimentar e crescer em grande número.

Pr. José Francisco Bortolato

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